A indicação do país de origem ou do local de proveniência deve ser obrigatória para todos os tipos de leite destinados ao consumo, aos produtos lácteos e aos produtos à base de carne, reiterou hoje o Parlamento Europeu numa resolução aprovada em Estrasburgo. Para restaurar a confiança dos consumidores na sequência do escândalo da carne de cavalo e de outros casos de fraude alimentar, a UE deve também tornar obrigatória a indicação da origem da carne em alimentos transformados.
Os eurodeputados pedem ainda à Comissão que considere a possibilidade de estender esta obrigatoriedade a outros géneros alimentícios constituídos por um único ingrediente ou com um ingrediente predominante, elaborando propostas legislativas sobre estas matérias. O objetivo é assegurar uma maior transparência em toda a cadeia alimentar e prestar informação mais completa aos consumidores europeus.
De acordo com uma sondagem do Eurobarómetro de 2013, 84% dos cidadãos europeus consideram necessário indicar a origem do leite (quer este seja vendido como tal, quer seja utilizado como ingrediente em produtos lácteos) e 88% consideram necessário indicar a origem da carne (para além da carne de bovino, de suíno, de ovino, de caprino e de aves de capoeira).
Mais de 90% dos consumidores consideram importante que a origem da carne seja indicada nos géneros alimentícios transformados, revela um relatório da Comissão, também de 2013.
O Parlamento Europeu nota que o relatório da Comissão constatou que os custos de aplicação da rotulagem obrigatória com a indicação do país de origem às carnes previstas no mesmo seriam relativamente insignificantes.
A resolução foi aprovada por 422 votos a favor, 159 contra e 68 abstenções.
Foto: Direitos Reservados
Europarlpress/+central