Opinião de Paulo Teixeira
Um treinador de futebol perante jogos decisivos, confronta-se com o dilema de escolher entre os jogadores consagrados e aqueles que para o “jogo decisivo” permitem aplicar a táctica e estratégia mais apropriada para enfrentar o desafio com sucesso. Pedir aos consagrados que coloquem o interesse do grupo acima dos egos é fundamental. Os mais consagrados apoiarem…isso é ainda mais importante.
Estamos naquela época dos partidos tomarem decisões sobre a escolha dos candidatos e tal como numa equipa de futebol, a escolha do “onze” inicial para o desafio das eleições de Outubro, é um momento de analisar a situação e optar por aqueles candidatos que no momento e face às circunstâncias, ofereçam melhores garantias para alcançar a vitória.
É por isso que a escolha do melhor “onze” não pode ser feito em função de cargos e amizades, mas porque dá melhores garantias de sucesso. Importa não esquecer que “o poder político pertence ao povo” e que as urnas não mentem.
Serve de pouco iludir-se com resultados de ambientes controlados. Há que ser realista. Saber o que é que se pretende nestas eleições. É ganhar?! Porque ganhar precisa da abnegação de toda a equipa em apoio aos que no momento se apresentam em melhor forma para integrar o “onze”.
Há jogadores que podiam ir a jogo: tem a qualidade para serem primeiras escolhas; outros até trabalham para poder justificar a opção. Mas este jogo tem de ser ganho! É preciso escolher, sem complexos, aqueles que garantem o melhor resultado.
É o momento de sobressair o carácter de cada um e a sua dedicação à equipa. É o momento do “treinador” colocar o pescoço no picadeiro pelas suas opções: a diferença entre besta e bestial estará entre os treinadores de bancada e os comentadores de sofá, donos das verdades à “posteriori”. É, por fim, o momento de se perceber que é em função da táctica e da estratégia para ganhar o “jogo decisivo” que deve ser escolhido o “onze” titular.
Ou se tem equipa ou não há Cristiano Ronaldo que valha a vitória…