O presidente da Cáritas Portuguesa afirmou hoje, na Terceira, que a instituição está pronta para acolher os refugiados sem descurar o apoio às famílias portuguesas.
“Na próxima semana, inserido no projeto que temos com a Cáritas Internacionalis, irei ao Líbano para poder perceber in loco quais as necessidades, sem significar que paremos com o apoio que temos vindo a dar aos nossos concidadãos”, referiu o professor Eduardo da Fonseca.
O professor salientou que “aderimos desde a primeira hora por achar que só em rede é que se pode trabalhar”.
“É uma ilusão julgar-se que alguém ou alguma organização sozinha faça milagres. É muito arriscado, e perigoso, irem-se buscar pessoas de forma isolada, por existirem redes de tráfico humano instaladas”, acrescentou o dirigente.
Eduardo da Fonseca entende que estas situações devem acontecer “organizadas, entre as instituições e o próprio Estado”.
O dirigente nacional participa no seminário “Humanizar a Sociedade”, que decorre em Angra do Heroísmo, organizado pela Cáritas Diocesana dos Açores.
Na sessão de abertura do seminário, Eduardo da Fonseca frisou que existe, em todo o mundo, “pouca vontade política” para solucionar os problemas da pobreza.
“A vontade política tem estado condicionada ao poder financeiro. Os políticos têm-se preocupado mais com o poder financeiro do que, propriamente, com a equidade social e o bem comum”, afirmou.
O professor constatou que “não se construirá cidadania se não for na lógica do bem comum, que não é só o bem de alguns”.
Foto: Direitos Reservados
+central