Capoulas Santos aponta para outubro o escrutínio das políticas agrícolas nos Açores (Vídeos)

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural afirmou ontem que “está certo” que os agricultores açorianos vão escrutinar as políticas agrícolas na Região, no próximo ato eleitoral de 16 de outubro.

Questionado pelo deputado do PSD/Açores, António Ventura, na comissão de Agricultura e Mar, sobre a falência técnica de 60% das explorações agrícolas no arquipélago, segundo informação do presidente da Federação Agrícola dos Açores, e sobre a “incapacidade” do Governo Regional em minimizar essa situação, Capoulas Santos referiu que “está certo que os eleitores açorianos não deixarão, nas urnas, de dar a resposta adequada a esta matéria”.

No entender do deputado social democrata, o setor agrícola e a economia dos Açores “não estavam preparados” para o fim do sistema de quotas leiteiras, “apesar de todos os avisos”.

“No passado, quando o Governo na República era PSD/CDS-PP, o Governo Regional clamava e exigia solidariedade mas, agora, mudou de discurso. Já não exige essa solidariedade da República, direcionando apenas para Bruxelas, esquecendo que existe um governo na República. Agora encontram desculpas e apontam baterias para outras situações, para não responsabilizarem alguém da sua cor política”, afirmou António Ventura, durante a audição.

O parlamentar considerou que “é pouco” levar o secretário regional da Agricultura e Ambiente aos Conselhos Europeus dos ministros da Agricultura.

“Isso foi uma grande deceção porque nada tem resolvido. São outra vez mais anúncios”, lamentou.

Capoulas Santos explicou que o convite aconteceu porque um assunto que diz respeito às Regiões Autónomas faz sentido que estas estejam representadas.

“O leite é um assunto suficientemente importante para os Açores para justificar que o secretário regional acompanhe as negociações. Isso é bom para ele, para o seu governo e para o Governo da República”, afirmou.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural acrescentou ainda que “não anunciou, até hoje, mais soluções” do que aquelas que o governo anterior anunciou.