Fim das “desigualdades sociais gritantes” é o mote para a Convenção Regional do BE/Açores

DSC_3790A V Convenção Regional do Bloco de Esquerda (BE) Açores reúne hoje em Ponta Delgada virada para a “próxima batalha política” — as eleições regionais — e será também um momento de “crítica à atuação do Governo Regional”.

Os indicadores que colocam os Açores nos últimos lugares em áreas que vão desde a educação ao desenvolvimento regional e à coesão social e territorial preocupam o BE.

“É contra esta política que nos insurgimos”, declarou Lúcia Arruda, defendendo um “novo rumo que acabe com as desigualdades sociais gritantes que existem na região”, resultado da “má gestão do bem público feito pelo PS nos últimos anos”.

A coordenadora do BE/Açores referiu que o executivo açoriano “tem vindo a proclamar” recorrentemente “as contas equilibradas da região”, perguntando “à conta de quem”, para referir, logo de seguida, que o “aumento do PIB não quer dizer distribuição de riqueza” e apontar os números do desemprego.

“Há 20 mil desempregados, mais de cinco mil pessoas, especialmente jovens, em programas ocupacionais”, referiu, acusando o Governo Regional de ser “promotor do trabalho precário”.

Considerando que a região tem rendimentos do trabalho e pensões “extremamente baixos”, a dirigente destacou que se deve a isso o facto de os Açores terem “a maior utilização do Rendimento Social de Inserção”.

“O BE há anos que vem defendendo o aumento para os idosos que recebem pensões abaixo do salário mínimo de 15 euros mensais”, o que daria cerca de oito milhões de euros anuais, valor que foi gasto na derrapagem “numa obra de uma escola pública”, sustentou.

Para o Bloco, “o Governo Regional está a desviar-se dos princípios socialistas e anda numa deriva neoliberal” que o partido quer combater.

Sustentando que o “aprofundamento da autonomia” não tem a ver com cargos mas com políticas, Lúcia Arruda disse ser necessário reivindicar da República uma nova “revisão do estatuto político-administrativo para aumentar as competências da região” relativamente a tratados internacionais, e na gestão e exploração do território marítimo.

 

 

 

Lusa/+central

 

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