O presidente da Comissão Política Nacional do Partido Popular Monárquico (PPM) reiterou hoje a exigência de realização de um referendo em Portugal a respeito da sua integração europeia.
“A integração de Portugal na União Europeia nunca foi sufragada diretamente pelo Povo Português. Portugal constitui uma exceção chocante no contexto de uma Europa em que quase todos os povos europeus já foram chamados a pronunciar-se sobre o processo de integração dos seus respetivos países”, refere Paulo Estêvão, em comunicado enviado às redações.
No entender do, também, deputado regional, o establishment português “controlou e manietou” todo o processo de integração do país na União Europeia, “usurpando a soberania popular”. Acrescenta ainda que a entrada na união monetária “constituiu um erro de enormes proporções”, assim como a “paulatina destruição da nossa agricultura, pescas e indústria”.
Paulo Estêvão entende que o resultado de tudo isto é que Portugal é hoje “um dos países com uma das maiores dívidas externas do mundo”.
“Os ingleses – mas não os escoceses e os irlandeses – votaram a favor da saída da União Europeia. Apesar de terem sido submetidos a uma campanha de forte intimidação psicológica – assente no desenho de uma espécie de holocausto económico -, os ingleses revelaram, uma vez mais, que são um povo tremendamente obstinado”, constatou.
Paulo Estêvão salienta que a resposta europeia prevê, como forma de enfrentar a saída britânica, o “reforço da integração política” dos restantes membros da União Europeia, e exige, nestas circunstâncias, a realização de um “referendo sobre o processo de integração do país na União Europeia”.
GI PPM/+central