A Comissão Política da Ilha (CPI) Graciosa do PSD lamentou a “desilusão que foi a visita estatutária” do Governo Regional à ilha, questionando os locais se a Graciosa “está no bom caminho?”
Os sociais democratas constatam, no final da visita, que comparando o memorando do Conselho de Ilha com os compromissos assumidos pelo PS na Graciosa, e com os resultados desta visita, percebe-se que a Graciosa “foi abandonada” e “continua adiada pelos Governos do PS”.
“O isolamento e a desertificação da ilha Graciosa são os seus maiores problemas e, depois de mais esta visita, irão continuar sem resposta e sem empenho na sua resolução por parte do actual Governo Regional”, referem em comunicado.
Lamentam que o Governo de 20 anos, e em final de mandato, venha dizer aos graciosenses que nos transportes “conformem-se com o que têm pois não vão existir alterações”. Na crise da lavoura, “aguentem-se porque primeiro há outros assuntos mais importantes para tratar”. Na crise das pescas, “esperem dias melhores e dediquem-se à apanha de algas para não passarem fome”.
Sobre a saúde, a estrutura de ilha do PSD salienta que o Governo veio à Graciosa “fazer propaganda com questões informáticas”.
“Para um Graciosense só é relevante que num hospital da região possa aceder às suas análises se esse graciosense tiver acesso a consultas de especialidade e sobre isso o Governo diz continua sem querer resolver os problemas”, frisam.
Quanto ao resto, os sociais democratas da mais pequena ilha do Grupo Central referem que o Governo “limitou-se” a dizer que tem projetos para tudo e mais alguma coisa.
“O Porto Afonso – está em projeto; Torre de controlo do aeroporto – está em projeto (a nova aerogare nem foi falada); A escola da Praia – está em projeto; A Folga – está em projeto; A muralha da praia – está em projeto com a particularidade de terem, em 2008, feito igual apresentação de vários projetos que não saíram do papel e agora querem que os graciosenses acreditem que com 160 mil euros se vai resolver aquele problema; O porto de Santa Cruz – está em projeto, esperando-se a campanha eleitoral para início da obra; O matadouro – continua em projeto, a aguardar vistos e sem sequer se conhecer para quando o início da obra; Já a Marina que não é Marina – o projeto de proteção costeira também aguarda nova visita de campanha eleitoral para mais uma festa de início de obra em véspera de eleições”, constatam.
Referindo-se as Termas do Carapacho, salientam que o Governo “nem teve coragem” de incluir uma ida ao local dos responsáveis pelo descalabro daquela infraestrutura e “limita-se a adiar” a sua recuperação.
“Esta visita de campanha só serviu para apresentar projetos e adiar soluções, provando que os últimos 4 anos foram de total ausência de acção do Governo. Quem perde com isso, como sempre, é a ilha Graciosa, que vê os seus jovens emigrarem para fugir ao desemprego e à desesperança, que vê os seus doentes a padecer sem acesso aos cuidados de saúde de que precisam, que vê a sua economia em crise, com falências no horizonte da agricultura, das pescas e dos serviços”, afirmam.
“O PSD Graciosa continuará a trabalhar para que a Graciosa não deixe de ter vozes que defendam os seus direitos. Já sabemos que este comunicado terá, da parte dos que se sentam à mesa do poder, as habituais conversas de culpa de outros ou de que só sabemos criticar”, concluem.
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GI PSD/+central