O presidente do grupo parlamentar do CDS-PP Açores saudou, esta quarta-feira, a passagem dos 75 anos da Base Aérea n.º 4, nas Lajes, não sem lamentar e denunciar os bloqueios e entraves que o Comandante do destacamento da Força Aérea Portuguesa tem colocado ao desenvolvimento e incremento da operação civil e comercial no aeroporto da ilha Terceira.
No âmbito da aprovação de um Voto de Saudação pela passagem dos 75 anos da presença militar nas Lajes, Artur Lima reconheceu e enalteceu “o bom serviço que a Força Aérea Portuguesa tem prestado às populações açorianas, sobretudo, nas operações de evacuações médicas e de busca e salvamento no atlântico”, mas lamentou dificuldades impostas pelo comando do destacamento à operação civil e comercial.
“Não posso deixar branquear as dificuldades que têm vindo a ser impostas, praticamente todos os dias, pelo Comando da BA4 à operação civil que não melhora. Continua a existir um policiamento excessivo da Força Aérea Portuguesa à operação civil nas Lajes e isto não é admissível”, criticou.
O Líder Parlamentar popular assume que “denunciará esta situação até ter forças para o fazer”, justificando que “todos os dias temos problemas nas Lajes” e que “não vale a pena tentar dizer que melhorou”.
“As escalas técnicas são sempre uma dificuldades e todos os dias são criadas dificuldades às companhias civis, o que não abona nada para quem quer trazer low cost para a Terceira. Quem não tem garantias de uma operação civil fluida não vai ter garantias de aumento da operação civil nas lajes”, disse.
Artur Lima denunciou ainda que existe “uma outra estratégia para que os aviões de longo curso não operem no aeroporto das Lajes e é preciso saber quem é o responsável por esta situação”, uma vez que, parece, “os bombeiros da base desceram novamente de categoria impedindo aeronaves de longo curso, como os A330, de operar nas Lajes”.
Assim, e apesar de votar favoravelmente o Voto de Saudação dos 75 anos da Base Aérea n.º 4, Artur Lima acentuou que “existem situações de bloqueios e constrangimentos identificadas há muito tempo e que nunca foram resolvidas”, pelo que “não podemos deixar de lembrar ao Sr. Comandante da Base que a sua função é zelar pela segurança, não é impor ditaduras dentro da base e andar constantemente a passar revistas a aviões e montar carros com segurança à porta de aviões civis”.
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