O presidente da Comissão Politica de Ilha (CPI) do PSD em São Jorge lamentou ontem que “vinte anos depois, sobra o cimento e falta uma perspetiva de futuro”, na ilha.
Comentando a última visita estatutária do Governo dos Açores a São Jorge, nesta legislatura,Paulo Alberto Silveira referiu que, após vinte visitas, “são incontáveis as páginas de promessas, de amanhãs risonhos pintados, de cor de rosa”.
“Os jovens são o futuro da nossa terra, mas qual será o seu futuro, sem emprego, sem esperança! Que mensagem retiram estes jovens, de todas estas visitas”, questionou o social democrata.
Analisando os setores da sociedade onde o executivo açoriano tem feito investimento na ilha, Paulo Silveira constata a “triste realidade do porto de pescas e marina de Velas”, preparando-se o Governo Regional, para na obra de ampliação do porto comercial de Velas, “entulhar a baía, por forma a ficar junto ao cais com 8 metros de profundidade, condicionando assim o tipo de navios que poderão operar no porto”.
Ainda nas acessibilidades, o presidente da CPI questiona se “será nesta legislatura, que a tantas vezes prometida operação de passageiros chega ao porto da Calheta” e se o porto do Topo “alguma vez vai ver atracado, um barco de passageiros”.
Olhando a agricultura e analisando as obras em curso, da responsabilidade do IROA, nos caminhos agrícolas, Paulo Silveira questiona se “esqueceram que em São Jorge já não circulam carros de bois, mas sim máquinas agrícolas”.
Na Saúde, considera importante a modernização dos Centros de Saúde da ilha mas, questiona “para quando” o investimento em médicos, enfermeiros, consultas de especialidade e meios de diagnóstico.
“Em São Jorge continuamos a lutar, continuamos a sobreviver, continuamos a emigrar. Olhamos à nossa volta e tantos milhões depois percebemos que vinte anos foi tempo demais”, concluiu.
Foto: Paulo Silveira Facebook
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