O PSD/Graciosa denunciou hoje o estado “desolador e de autêntico abandono” em que se encontram as Termas do Carapacho, apesar de já terem sido gastos milhões de euros no local.
“O atual estado das Termas do Carapacho, com exceção da piscina, é desolador e de autêntico abandono. O edifício de milhões de euros e respetivos equipamentos está completamente destruído, conforme se comprova pelas fotos que apresentamos e pode ser comprovado no local”, afirmou, em conferência de imprensa, o presidente da comissão política da ilha Graciosa, João Bruto da Costa.
O dirigente social-democrata graciosense lembrou que, segundo o governo regional, as Termas do Carapacho iriam reabrir em pleno este mês, mas, “chegados a maio de 2016, as termas apenas estão com a piscina de água quente a funcionar, não possuindo qualquer outra valência”.
“Dos duches Vichy aos tratamentos na área da reumatologia, das massagens terapêuticas aos duches de jato com água termal, passando pelos tratamentos de saúde, lazer e bem-estar, das imersões ou do jacuzzi, nada disto está ao serviço dos graciosenses e de quem visita a ilha, consistindo num verdadeiro escândalo”, frisou.
João Bruto da Costa recordou que as Termas do Carapacho “sofreram avultadas obras de reabilitação em 2010 e que, depois disso, tem sido um verdadeiro calvário de obras atrás de obras e de encerramentos atrás de encerramentos”, sem que tenham sido apuradas responsabilidades pelo caso.
“Esta situação não levou a nenhuma responsabilização, nem teve quaisquer consequências, pelo que não pode o PSD deixar de imputar responsabilidades políticas ao governo regional e aos seus responsáveis dentro e fora da Graciosa”, disse.
O dirigente social-democrata considerou que o estado em que se encontram as Termas do Carapacho é da responsabilidade de “Vasco Cordeiro e Vítor Fraga, atual e anterior secretários regionais com competências na matéria”, que ainda na semana passada estiveram na Graciosa e “foram incapazes de ter uma palavra sobre o assunto, fugindo mais uma vez a assumir as suas responsabilidades”.
“O PSD/Graciosa não pode deixar de denunciar esta situação que, novamente, deixa a ilha privada de um dos seus ex-líbris com mais potencialidades para o turismo. Exigimos que sejam retiradas consequências políticas do estado a que se deixou chegar aquela infraestrutura”, afirmou.
Para João Bruto da Costa, a ilha Graciosa “não pode continuar a ser tratada desta forma pelo poder político regional, perante o silêncio do PS da Graciosa e dos responsáveis autárquicos eleitos nas suas listas”.
Fotos: PSD Açores
GI PSD/+central