Opinião de José Ávila
Mal foi conhecido o Programa de Estabilidade e logo houve quem ficasse desiludido e pelas piores razões.
A comunicação social, nos últimos dias, tinha avançado com a teoria da existência de mais cortes, com o recuo na devolução de rendimentos, com a anulação da medida relativa à redução do IVA da restauração, com o aumento da austeridade, entre outras.
Depois de aprovado em sede de conselho de ministros, ficamos a saber e a conhecer um documento que, tal como foi dito na sua apresentação, é baseado num cenário realista e, assim, acaba por desmentir todas as vozes agoirentas que salivavam enquanto aguardavam por mais desgraças.
Felizmente ficamos a saber que não haverá cortes nos salários e nas pensões, não haverá aumento dos impostos indiretos, o salário mínimo aumenta e a devolução de rendimentos aos Portugueses será uma realidade.
Paralelamente, o Governo irá acelerar o investimento público, que, por sua vez, gerará mais emprego e, consequentemente, mais receitas.
Estas opções políticas terão em conta os acordos que o país assinou internacionalmente e as regras europeias, pelo que terá todas as condições para ser aprovado em Bruxelas.
O Governo prevê também a introdução de medidas de consolidação orçamental e a redução do défice estrutural.
São boas notícias e a prova de que, afinal, havia um outro caminho, uma alternativa à austeridade praticada pelo anterior executivo, sem dó nem piedade.