Sofia Ribeiro reuniu com Elżbieta Bieńkowska, comissária responsável pela pasta do Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME’s. A reunião decorreu no Parlamento Europeu, com o objectivo de saber quais os próximos passos da Comissão Europeia para promover a economia social.
A eurodeputada dos Açores, vice-presidente do Intergrupo da Economia Social no Parlamento Europeu, começou por salientar que “é fundamental reconhecer a real contribuição das empresas sociais para a criação de empregos de qualidade e para a integração no mercado de trabalho de pessoas em risco de exclusão social”, acrescentado que esta é uma posição transversal a todos os partidos políticos. Prova disso é que “deixei sublinhada esta necessidade urgente de investir nas empresas sociais no meu relatório sobre os aspectos de emprego e sociais do Semestre Europeu, obtendo uma aprovação massiva dos diferentes grupos políticos”.
Sofia Ribeiro relembrou ainda que “por causa dos seus valores e do foco na primazia das pessoas, a economia social provou ser um actor económico competitivo e resistente, criando e mantendo postos de trabalho, mesmo durante os piores anos da crise económica. Recorde-se que a economia social criou dois milhões de empresas e emprega mais de 14 milhões de trabalhadores, cerca de 6,5% da população activa”.
Durante a reunião, Elżbieta Bieńkowska manifestou vontade em estabelecer um diálogo político permanente entre a Comissão e o Intergrupo, tendo em vista “o desenvolvimento de novas iniciativas para promover a economia social”. A Comissária europeia concordou com “a necessidade de partilhar, com as diferentes instituições europeias, um entendimento comum da economia social”, acrescentando que esta “será incluída na modernização da estratégia para o mercado único e que o programa COSME apoiará a digitalização das empresas da economia social e no fortalecimento das relações entre elas e as outras empresas”.
Para terminar, Sofia Ribeiro reforçou junto da Comissária “a importância de se desenvolver um quadro jurídico para a diversidade de formas da economia social, garantindo que nenhuma seja menorizada, uma vez que os conceitos não são uniformes a nível dos 28 Estados-Membros, dificultando não só o seu desenvolvimento no mercado único comunitário como o acesso a financiamento europeu, nomeadamente fundos estruturais e programas europeus.”
Foto: GSR
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