“Se a revisão do acordo bilateral for feita no sentido de ‘intensificar a relação com os Estados Unidos da América’, como já avançou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, não será um acordo para defender os interesses dos Açores, mas um acordo em função das necessidades dos americanos”, disse hoje o coordenador do Bloco de Esquerda Açores, Paulo Mendes, após reunião com o presidente da autarquia da Praia da Vitória para discutir o futuro do concelho perante a atual situação da Base das Lajes.
O BE defende a denúncia do atual acordo, e que seja criado um espaço de temporal para preparar a saída dos EUA da Base das Lajes e para encontrar alternativas de utilização civil para aquela infraestrutura, que garanta a criação de emprego.
No que diz respeito às medidas do Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira, Paulo Mendes salienta que o BE sempre defendeu as majorações dos apoios sociais, mas que está contra a criação de um centro de negócios com as mesmas características do Centro de Negócios da Madeira, que é um ‘offshore’.
“Já devíamos ter aprendido com a experiência da Madeira. O centro de negócios não serviu para atrair empresas que criam emprego, mas apenas empresas que são simples caixas-postal que fomentam a economia paralela e a fuga aos impostos, uma situação que trouxe prejuízo à Madeira, porque limitou o acesso a fundos comunitários, por via da inflação artificial das exportações”, disse o coordenador do BE/Açores.
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