Serrão Santos denuncia favoritismo no setor do leite dentro da Comissão Europeia

Serrão SantosO eurodeputado Ricardo Serrão Santos manifestou hoje a sua indignação perante a insuficiência das medidas adoptadas pela Comissão Europeia (CE) para o setor do leite, por ocasião da reunião plenária que teve lugar no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e que contou com a presença do Comissário da Agricultura, Phil Hogan.

Ricardo Serrão Santos, que submeteu um intervenção escrita, considera estas medidas “prati-camente inúteis para resolver os problemas daqueles produtores de leite que realmente precisam”. Para o eurodeputado açoriano estas apenas “aliviam os que têm maior capacidade de produção, numa lógica de mercado, tendo o efeito perverso de empobrecerem os sectores médios de produção.”

“Atualmente muitos produtores de leite não recebem um preço justo pelo seu trabalho e consequente com os investimentos que realizaram. Vêem o seu futuro hipotecado, sobretudo em economias regionais de pequena escala como é o caso dos Açores onde um sector leiteiro modernizado e tecnologicamente capacitado está a fazer um grande esforço de adaptação às atuais condições resistindo o mais que pode. Este esforço merece ser acompanhado de políticas que permitam estabilizar os preços a um nível realmente compensador”.

Ricardo Serrão Santos reagia às mais recentes medidas anunciadas pela Comissão Europeia, nomeadamente as que visam permitir o planeamento voluntário da produção. O eurodeputado considera que esta medida “não produz efeitos” na redução dos volumes de leite. O objectivo anunciado de redução da oferta para estabilizar os preços, dificilmente será atingido com esta medida de adesão voluntária. Sendo provável que a redução da produção de uns seja prejudi-cada pelas quantidades daqueles que continuam a produzir o mesmo ou mais.

Fazendo referência à falta de alinhamento da resposta europeia com aqueles que são os verdadeiros problemas do sector leiteiro, o que chega a colocar em causa o papel das instituições, Serrão Santos considera que a “CE deve ser capaz de se questionar sobre a utilidade do actual quadro legal”, defendendo que “é preciso ir mais longe, com medidas realmente europeias eficazes na regulação da oferta e para que os produtores de leite tradicionais possam ter poder negocial relativamente à indústria e à grande distribuição”.

 

 

 

Foto: GSS

GESS/+central

 

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