O Comandante da Zona Aérea dos Açores salientou hoje na Terceira que o acesso civil à Base das Lajes “sempre esteve facilitado”.
O Brigadeiro-General Rui Manuel Pires de Brito Elvas limitou-se a dizer aos jornalistas, à saída de uma audição na Comissão Parlamentar de Política Geral, na delegação da Assembleia Legislativa Regional em Angra do Heroísmo, que a mesma tinha sido “muito produtiva e esclarecedora”.
Este encontro, de iniciativa do grupo parlamentar do PS/Açores, decorreu à porta fechada tendo em conta a natureza militar e de Defesa das questões levantadas.
Os deputados, com assento na Comissão Parlamentar, consideraram que o Comandante manifestou “boa vontade” para diminuir os constrangimentos ao uso civil da infraestrutura militar na ilha Terceira.
“O Comandante da Zona Aérea dos Açores manifestou vontade de reajustar e reavaliar comportamentos e já houve uma evolução positiva, tendo em conta que os passageiros, nalgumas situações, poderão permanecer nas aeronaves durante o abastecimento nas escalas técnicas”, afirmou Graça Silveira, do CDS-PP Açores.
Já o PSD, pelo deputado Luís Rendeiro, alegou que “só o tempo” poderá mostrar se as coisas vão mudar no futuro.
“O Comandante confirmou que os procedimentos com vista à certificação para o uso civil da base das Lajes se iniciaram em 2014”, referiu o social democrata, lembrando que enquanto o PSD esteve no Governo da República, houve um conjunto de procedimentos que “foram postos em marcha e permitiram a resolução de alguns problemas”, como a pavimentação da estrada circundante à pista e os entraves à construção do terminal de cargas do aeroporto.
O socialista Francisco Coelho constatou que o Brigadeiro-General entendeu ser tecnicamente possível, do ponto de vista operacional, uma utilização mista do aeroporto, “satisfatória para ambas as partes”.
“O uso civil do aeroporto das Lajes foi iniciado na década de 1970 e estas questões, que são de responsabilidade política, têm demorado algum tempo a resolver”, frisou.
O parlamentar adiantou que é necessário um regulamento quadro desta situação e um conjunto de mini-acordos técnicos, mas é preciso ter em conta que muitos dos serviços do aeroporto são assegurados por militares portugueses e norte-americanos, como o controlo do tráfego aéreo e o serviço de bombeiros.
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