O coordenador regional do PCP nos Açores criticou hoje no Faial a “inaceitável chantagem” de que o Governo, liderado pelo socialista António Costa, está a ser alvo por parte da Comissão Europeia, defendendo uma “rutura com as imposições da União Europeia”.
“Regista-se um quadro inaceitável de chantagem, pressão e ingerência que foi direcionado contra o Orçamento do Estado, a partir da Comissão Europeia, demonstrando que o rumo de desenvolvimento soberano, progresso social e criação de emprego que Portugal precisa exige a rutura com as imposição da União Europeia”, afirmou Aníbal Pires em conferência de imprensa.
Neste encontro com os jornalista, o líder dos comunistas açorianos anunciou o X Congresso Regional do partido, que se vai realizar a 9 e 10 de abril, em Ponta Delgada, onde o partido deverá traçar as linhas orientadoras de “uma nova política e de um novo rumo” para os açorianos.
“O X Congresso Regional do PCP é chamado a debater e a definir as orientações e posicionamento político dos comunistas dos Açores, contribuindo para as respostas capazes de responder ao conjunto de problemas sociais e económicos imediatos da região”, sublinhou Aníbal Pires.
Na sua opinião, é também necessário definir para os Açores, os “eixos centrais” de uma política “alternativa, patriótica e de esquerda”, idêntica à que o PCP propõe para o país, “alicerçada no conhecimento direto dos problemas e na profunda ligação ao povo e aos trabalhadores”.
Um dos problemas que os comunistas açorianos defendem ser necessário combater é o desemprego que, insistem, continua a ser encapotado pelos programas ocupacionais, que abrangem já cerca de cinco mil trabalhadores.
“A utilização abusiva de beneficiários dos programas ocupacionais e dos programas de estagiar, fomentada pelo Governo Regional, concorre, assim, para o aumento da precariedade laboral e para a destruição de micro, pequenas e médias empresas”, acusou o líder do PCP/Açores.
Aníbal Pires anunciou que o seu partido irá promover, na sessão de março da Assembleia Legislativa dos Açores, uma interpelação, onde irá confrontar o executivo regional, do PS, com estas e outras opções sobre políticas públicas de emprego.
Foto: CDU Açores
Lusa/+central