Governos socialistas “sabiam e esconderam” a redução na Base das Lajes

António VenturaO deputado do PSD/Açores na Assembleia da República lamenta que o atual executivo socialista se mostre surpreendido com a situação de estagnação na Base das Lajes e, por conseguinte, na economia da ilha Terceira, quando em 2010 alguns dos seus ministros já conheciam a intenção norte-americana de reduzir, drasticamente, o contingente ali sediado.

António Ventura lembra que em 2009, a quando da divulgação do “White Papper to Air Mobility Command”, os Estados Unidos da América já admitiam a intenção de, não abandonando as instalações nos Açores, diminuir a sua presença, transformando a Base das Lajes numa “expeditionary location”.

O parlamentar adianta que Augusto Santos Silva, agora ministro dos Negócios Estrangeiros e em 2010 ministro da Defesa do governo de José Sócrates, “sabia da intenção do Governo dos Estados Unidos e escondeu esta decisão”.

António Ventura recorda as declarações do então ministro da Defesa, a 18 de abril de 2010, que sobre a situação referiu “não conheço nenhum documento norte-americano mas sei ver mapas. E basta ver o mapa para perceber a importância geoestratégica absolutamente essencial da Base das Lajes para os Estados Unidos e para o conjunto das instituições que asseguram a paz no nosso mundo. “Está a aumentar o investimento norte-americano e português nas condições operacionais das Lajes. Basta reparar nesse aspeto para perceber que a importância da Base das Lajes vai, pelo menos, manter-se, porque ninguém investe para desinvestir a seguir. Seria absurdo”.

“Augusto Santos Silva resolve os problemas escondendo-os ou atirando para a frente”, constata o deputado açoriano.

António Costa referiu, enquanto líder da oposição, em 19 de janeiro de 2015, que “fomos todos apanhados de surpresa. O documento que anuncia a redução do papel das Lajes só tem 5 anos. E quem quiser ler o documento pode ficar a saber que até 2025 as Lajes vão sofrer outro downgrade”.

“Pelo caminho fica este tempo todo em que todos sabiam de tudo mas ninguém teve coragem de dizer nada”, lamenta António Ventura.

 

 

 

Foto: PSD Açores

+central

 

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