O presidente do grupo parlamentar do CDS-PP Açores acusou o PS de “pretendeu branquear as opções políticas do Governo Regional (acionista único do Grupo SATA) e do Conselho de Administração por si nomeado e que contribuíram para o descalabro financeiro do Grupo SATA, colocando em causa a sua sustentabilidade económica”.
Numa declaração de voto ao Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Grupo SATA, Artur Lima justificou o voto desfavorável do CDS-PP com a “não explanação, clara e inequivoca, do efetivo relacionamento financeiro entre o Governo Regional dos Açores e as empresas do Grupo SATA, as orientações transmitidas à Administração do Grupo para criação de novas rotas e tarifários, as constantes nomeações de diferentes personalidades para o Conselho de Administração da SATA, escamoteando os turbulentos processos de aquisição de aeronaves e renovação de frotas, entre outros, publicando dados e depoimentos descontextualizados, consoante o interesse do PS/Açores em desresponsabilizar o Governo Regional pelas opções políticas que tomou e que prejudicaram sobremaneira um dos mais importantes grupos empresariais da Região”.
O líder dos centristas açorianos fundamenta que prova disso é o fato de, no presente relatório, “terem sido completamente ostracizados importantes depoimentos prestados em sede de inquirição”.
Artur Lima salienta que este relatório pretende “disfarçar” o aumento superior a 400% nos encargos da dívida (juros) suportados pela SATA, entre 2010 e 2014, “pelo simples fato de ter tido necessidade de se socorrer da banca para fazer face à falta de pagamento dos compromissos públicos da responsabilidade do Governo Regional dos Açores (passaram de 437 mil euros, em 2010; para 1,8 milhões de euros, em 2014)”.
“No entender do grupo parlamentar do CDS-PP Açores existem três personalidades que assumiram destacadas posições na estrutura acionista e de administração e que adotaram relevantes decisões políticas e de gestão que contribuíram para o atual estado do Grupo SATA e que devem, pois, ser responsabilizadas pelo facto de não ter sido acautelado o interesse da Região Autónoma dos Açores e do erário público regional”, considera o parlamentar, sendo elas Vasco Cordeiro, Vítor Fraga e Luís Parreirão.
GI CDS-PP/+central