O deputado parlamentar do Partido Popular Monárquico nos Açores considerou hoje, na Horta, que se antevêem as “continuadas ingerências” do Governo Regional na administração da SATA, apontando a indicação do Eng. Paulo Menezes um exemplo disso.
“Permanece a raiz do mal. Saem os presidentes do Conselho de Administração da SATA, mas ficam as velhas práticas intervencionistas e altamente intrusivas dos governos regionais socialistas”, afirmou Paulo Estêvão, numa interpelação ao Governo dos Açores.
O representante parlamentar referiu que, durante a sua audição, o Eng. Paulo Menezes afirmou que “o Governo é que manda, sem limites de racionalidade e de campos de ação”.
Paulo Estêvão constatou que apesar da intervenção política dos sucessivos governos regionais, “que é inquestionável e que está repetidamente identificada nas audições realizadas pela Comissão de Inquérito”, não tem “suporte documental”.
“Enquanto obrigava a empresa a acumular prejuízos incalculáveis, os governos regionais não só não reforçaram os mecanismos de financiamento da empresa, como acumularam, de forma dramática, enormes atrasos nas indemnizações compensatórias. Tudo isto para preservar o sistema de monopólio do transporte aéreo e lograr a expansão do sector turístico”, acrescentou o parlamentar.
Paulo Estêvão salientou igualmente que a indicação do Eng. Paulo Menezes indica que “o Partido Socialista está cada vez mais fechado sobre si próprio e é incapaz de recrutar, na sociedade civil, quadros independentes”.
O presidente do PPM constatou, também, que existiu “uma vontade, uma oportunidade e uma responsabilidade”.
“A vontade pertenceu ao Dr. Luís Parreirão, que deixou de olhar para o território continental como território comanche e um deserto de oportunidades após a tomada do poder pelo PS. A oportunidade foi agarrada pelo Governo Regional, que assim antecipou o tempo político e deu um ar de renovação antes do mesmo se tornar esmagadoramente visível e ineludível após a divulgação das conclusões da Comissão de Inquérito. Finalmente, a responsabilidade é do Governo Regional que é o responsável pela transformação do nosso sector público empresarial regional numa mera porta giratória dos interesses partidários do Partido Socialista, de aquém e além-mar”, disse.
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