O secretário regional da Saúde admitiu na Horta que a “repetição de projetos e valores”, ao longo dos últimos Planos e Orçamentos da Região, deveram-se à “falta de capacidade financeira” para os executar.
Luís Cabral referiu, em audição na Comissão de Política Geral (CPG), da Assembleia Legislativa Regional, que algumas das obras apresentadas, à partida, não poderiam ser executadas por “não existir capacidade financeira nos fundos regionais” e “aguardarem a entrada em vigor” do novo Quadro Comunitário de Apoio.
Questionado diretamente sobre as obras a realizar em vários Quartéis de Bombeiros nos Açores, o secretário, que tutela o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), referiu que podem ser neste momento iniciadas, há exceção do Quartel do Faial onde foi agora decidido que não será construído no Parque Industrial da Horta mas sim no local do atual matadouro da ilha, após a construção da nova infraestrutura do IAMA.
“A verba que se encontra alocada ao Quartel de Bombeiros do Faial é apenas para estudo e projeto geológico”, disse.
No que diz respeito às viaturas CIV, Luís Cabral afirmou que apenas “está programada” a entrega de uma na ilha do Pico, numa parceria com a Associação de Municípios da ilha.
Em relação ao recente atraso na evacuação médica de sinistrados da ilha Graciosa, o governante adiantou que foi “instaurado um processo de inquérito” para perceber quais os motivos de tal situação.
Sobre a descoordenação na hierarquia da Proteção Civil, relatada à CPG, nas recentes enxurradas nos Nordeste, na ilha de São Miguel, Luís Cabral referiu desconhecer a situação.
Recorde-se que na altura da intempérie que assolou aquela vila micaelense, o Comandante dos Bombeiros estava de férias e os dois seguintes subalternos estavam em formação na Terceira, não existindo cadeia hierárquica no município.
Ainda sobre esta situação, e tendo em conta as declarações do presidente da Câmara Municipal da Povoação, Carlos Ávila, que lamentava a “transferência de responsabilidades para os presidentes de câmara”, Luís Cabral frisou que “a normal gestão pública é recebermos informação e lidarmos com ela”.
“Se o sr. presidente da Câmara está incomodado em receber informação e não saber o que fazer, isso é um problema dele”, disse o governante.
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Nunca pensei que um Governante do PS confessasse que os orçamentos são para “açoriano” ver não tem sido para fazer obra. A elaboração de orçamentos com valores astronómicos. Regozijo constante por se aumentar o investimento. Tem sido assim de ano para ano. Muita parra e pouca uva. Depois altera-se a Carta de Obras Publicas e atafulha-se tudo em 2016! Agora é que se vai fazer, ATÉ ÀS ELEIÇÕES, o que não se fez nos últimos 3 anos! Somos uns cordeirinhos para alegria do Cordeiro.
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