O secretário-geral do PSD/Açores questionou ontem os socialistas regionais se aceitam a formação de um governo de esquerda em Portugal, face às preocupações dos açorianos nesta matéria.
“O PS/Açores tem de dizer, de uma vez por todas, de uma forma clara e inequívoca, se aceita um governo de esquerda em Portugal”, afirmou Ricardo Pacheco, no final da reunião da Comissão Política Regional do partido, que decorreu em Ponta Delgada.
O social-democrata acrescentou que é importante promover a clarificação, porque os açorianos “estão preocupados” com as consequências que o cenário político terá também nos Açores.
“O presidente do PS/Açores, e do Governo Regional, na sequência da atual situação, tem de esclarecer se aceita um governo de esquerda em Portugal, comandado pelo PS, pelo BE e PCP”, frisou o secretário-geral do PSD/Açores.
Ricardo Pacheco afirmou que, a nível interno, as atenções do partido estão agora concentradas na vitória nas eleições legislativas regionais de 2016 e que o partido está “unido e coeso” à volta do seu líder, Duarte Freitas.
Sobre uma eventual contestação interna ao líder do partido, o dirigente do PSD/Açores referiu que não houve uma única concelhia, das 19 a nível da região, que tenha discordado das orientações do partido, espelhando os resultados eleitorais.
“Não aconteceu o que, se calhar, algumas pessoas pensavam que ia acontecer”, constatou.
Referindo-se à ausência do líder histórico, Mota Amaral, afirmou que o PSD “está e estará sempre aberto a todos aqueles que se queiram dirigir ao partido.
“Nunca esta sede esteve fechada, os convites são feitos a todos”, disse.
Foto: PSD Açores
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