Trata-se de um momento histórico e que visa eliminar a cadeia de transmissão do VIH/Sida. Porém, traz consigo alguns desafios.
A partir de setembro, todos os doentes diagnosticados com VIH vão começar de imediato a receber tratamento. Esta é uma recomendação a ser publicada no próximo mês e que faz com que Portugal seja um dos primeiros países a seguir a regra.
Ver o tratamento como prevenção é um passo lógico, escreve o Diário de Notícias, mas há uma contrapartida: tem de haver uma renegociação dos preços dos tratamentos sem que se “baixe a qualidade”, defende António Diniz, diretor do programa nacional para a infeção VIH/Sida.
Atualmente, a medicação só é iniciada quando a contagem de CD4 (células importantes para o organismo se defender) está nos 500 ou a carga viral é muito grande.
Com a nova forma de tratamento, haverá uma diminuição das complicações associadas à infeção e a outras que nada têm a ver com a doença, acrescenta António Diniz.
No ano passado, o SNS gastou 204 milhões de euros com tratamentos. Agora, com cerca de 25 mil novos doentes que possam passar a ter receber já tratamento, os custos vão aumentar. O SNS refere que o objetivo passará por “renegociar os preços com as indústrias”.
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