Lei do aborto volta a discussão a 3 de julho

AREstimava-se que a discussão da lei da Interrupção Voluntária da Gravidez passasse para a próxima legislatura, mas vai afinal acontecer com o atual Governo em funções.

As mudanças à lei do aborto vão, afinal, ser discutidas no dia 3 de julho e votadas ainda nesta legislatura.

A presidente da Assembleia da República tinha assumido este compromisso com a plataforma ‘Direito a Nascer’, mas a conferência de líderes decidiu, na semana passada, não agendar a discussão e propor o seu adiamento para a próxima legislatura.

Quando a decisão foi tomada, Assunção Esteves não estava no país. Agora, de regresso, tudo fez para que a discussão acontecesse ainda antes das férias no Parlamento. E conseguiu, segundo indica a Rádio Renascença.

Entre as modificações à lei da interrupção voluntária da gravidez (IVG) propostas pelo movimento estão o fim da equiparação entre IVG e maternidade para efeitos de prestações sociais e aplicação de taxas moderadoras.

A iniciativa de cidadãos propõe ao parlamento que, no âmbito do consentimento informado para realizar um aborto, seja mostrada à mulher a ecografia necessária para confirmação das semanas de gravidez, devendo a grávida assinar essa ecografia.

“Entendemos que o consentimento informado é mais do que a assinatura de um papel. É necessário um conhecimento do que é praticado no corpo da pessoa”, explicou Isilda Pegado.

Em relação às taxas moderadoras, o movimento Pelo Direito a Nascer pretende que a interrupção da gravidez seja considerada como “qualquer ato médico”, em que só está isento quem tem razões económicas para o efeito.

Isilda Pegado considera que as propostas deste grupo de cidadãos pretendem ter uma “lei de apoio à maternidade, à paternidade e pelo direito a nascer”.

A iniciativa legislativa de cidadãos recolheu cerca de 50 mil assinaturas, 38 mil das quais reconhecidas.

Quando, no dia 17 de junho, a conferência de líderes decidiu adiar esta iniciativa legislativa, foi também acordado que o presidente da Assembleia da República em exercício, Guilherme Silva (já que Assunção Esteves estava em visita oficial à Guiné), iria contactar os promotores da iniciativa e expor-lhes a matéria.

Esta sugestão foi aceite por todos os partidos e o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmou então que não havia qualquer intenção política no adiamento para a próxima legislatura da discussão da iniciativa, justificando-o com a gestão do tempo disponível para os trabalhos parlamentares.

Segundo disse à agência Lusa Isilda Pegado, a iniciativa de cidadãos “Pelo Direito a Nascer” soube hoje ao final da tarde do agendamento do debate para dia 3 de julho.

 

 

 

Foto: Direitos Reservados

NAM/+central

 

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s