O secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou na Horta que “é falso que a falta de verbas tenha levado à interrupção do cruzeiro de demersais”, responsável pela realização das campanhas científicas de monitorização dos stocks piscícolas na Região.
“O Governo Regional e a Universidade dos Açores (UAç) tinham um protocolo de cooperação, que vigorou entre 2011 e 2014, que incluía, entre outros, um cruzeiro de demersais, ou seja, um estudo científico. O cruzeiro não se realizou em 2014 devido a problemas técnicos no navio de investigação que é usado, o Arquipélago”, disse Fausto Brito e Abreu.
O governante acrescentou ainda que “foram cumpridos todos os compromissos financeiros com a UAç”, neste caso, com o DOP.
“A afirmação que foi devido a problemas orçamentais que o cruzeiro não se realizou não está correta”, salientou.
Brito e Abreu referiu que para 2015, e apesar de não haver protocolo, o Governo Regional orçamentou uma verba para pagamentos ao DOP para este fim.
“O protocolo não foi renovado porque, devido à reestruturação na UAç, esta impõe, aos seus departamentos de investigação, uma alocação de custos que os encarecem. Esta alteração aumentou o valor do inciativa científica para quase o dobro dos valores praticados até então”, afirmou.
O secretário regional referiu que esta situação “apanhou o governo desprevenido de meios financeiros”.
“Estão a decorrer conversações com o DOP no intuito de iniciar o cruzeiro, visto que as datas se aproximam, tentando alocar verbas de outros projetos para fazer face ao aumento do custo do projeto ou se conseguimos uma outra forma de, não comprometendo o estudo científico que nos interessa, podermos utilizar uma metodologia mais ligeira que produza resultados semelhantes e que permita enquadrar no orçamento que estava previsto a iniciativa”, concluiu.
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