O presidente do conselho de administração da transportadora aérea açoriana desmentiu hoje, por carta, as declarações, em comissão de inquérito, do auditor das contas de 2014 da companhia e voltará a ser ouvido no parlamento.
Luís Parreirão, em carta remetida ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Grupo SATA, André Bradford, a que juntou documentação, garante que a empresa contratou, no ano passado, a PriceWaterHouseCoopers (PWC) para fazer a auditoria das suas contas de 2014 (por 52 mil euros), para assessorar a elaboração do plano de negócios da transportadora até 2020 (por 42 mil euros) e para fazer “assessoria de controlo orçamental trimestral” (11 mil euros anuais).
O administrador acrescentou que “no âmbito do acompanhamento da atividade da empresa”, a PWC está a elaborar para a SATA, “para serem presentes às entidades financiadoras”, um “relatório independente de certificação/validação dos pressupostos constantes do plano de negócios”, um “relatório de desvios entre o executado e o previsto para o trimestre de 2015, bem como uma simulação de fecho de contas do primeiro trimestre” deste ano.
António Oliveira, presidente da direção da empresa de consultadoria e auditoria, revelou ontem, a quando da sua audição, que o plano de negócios da transportadora até 2020 foi feito pelo conselho de administração da companhia aérea e que a PWC foi apenas consultada sobre a forma de o elaborar, não tendo sido chamada a validar os dados e estimativas que contém.
Afirmou, também, que a SATA não pediu à PWC relatórios trimestrais de acompanhamento da execução desse plano.
Estas contradições entre os dois levaram todos os partidos a concordar em voltar a chamar Parreirão a uma segunda audição, decidindo em agendar para mais tarde, depois de serem ouvidas mais pessoas que podem fornecer dados e informações com que poderá ser pertinente confrontar o presidente da empresa.
Lusa/+central