O líder do CDS-PP Açores “condena e reprova, com veemência, a atitude do Comandante da Base das Lajes, Coronel Tito Mendonça, relativamente à instabilidade e confusão que se gerou, por sua responsabilidade, na passada quinta-feira, no espaço aéreo açoriano, nomeadamente sobre a Base das Lajes”, pedindo a sua demissão.
“Obrigar companhias aéreas a estarem mais de uma hora a sobrevoar o Aeroporto da Lajes sem receber autorização para aterrar ou obrigar outras companhias a ter que declarar situações de emergência para poderem operar na componente civil daquele aeroporto, devido a constrangimentos de índole climatérica em outras ilhas dos Açores, é incompreensível”, refere Artur Lima em comunicado.
No entender do centrista açoriano é “inqualificável e injustificável a ordem que o Sr. Comandante emanou no sentido de que as companhias aéreas de aviação comercial se quisesse usar a Base das Lajes como alternativa viável a outros aeroportos dos Açores que estavam condicionados devido ao mau tempo, tivessem que declarar uma situação de emergência, como se veio a registar com um avião da companhia Ryanair”.
“O CDS-PP já há muito tempo e por várias vezes que se insurgiu e denunciou a pouca colaboração da Força Aérea Portuguesa em disponibilizar o Aeroporto das Lajes para fins civis e comerciais, mormente para a potenciação das escalas técnicas da aviação comercial”, recorda Artur Lima.
O parlamentar lamenta que ” apesar da própria Sra. Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, melhor do que ninguém, conhecer as limitações legais e militares da Base das Lajes, e também conhecer muito bem os entraves repetidos que a Força Aérea coloca à utilização civil do Aeroporto das Lajes permitindo assim que se atente contra a economia da ilha Terceira e dos Açores, até hoje, não diligenciou no sentido de evitar que situações lamentáveis, e especialmente desta natureza, se voltassem a repetir”.
“Neste sentido, o Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, independentemente de outras diligências legislativas ou parlamentares que possa vir a desenvolver, apela, para já, à Sra. Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional no sentido de mandar instaurar um processo de inquérito e averiguações ao que sucedeu a tarde do passado dia 30 de Abril e, se necessário for, porque assim se concluiu, proceda à imediata destituição do Sr. Comandante Coronel Tito Mendonça”, conclui o comunicado.
Foto: CDS-PP/Açores
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