O Cento de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores e a proteção civil açoriana revelaram hoje que foram registados 160 sismos numa zona a oeste-noroeste da ilha do Faial desde 19 de abril, três deles sentidos pela população.
Segundo informação divulgada por aquelas duas entidades, desde 19 de abril que “tem vindo a ser registada alguma sismicidade” com epicentro entre 37 e 46 quilómetros a oeste-noroeste da ilha do Faial.
“Esta atividade foi desencadeada na sequência” de dois sismos, registados a 19 e 24 de abril, com magnitudes de 4,3 e 4,7 na escala de Richter, e que foram sentidos na ilha do Faial com intensidade máxima IV (Escala de Mercalli Modificada) e também no Pico e São Jorge. Na quarta-feira, dia 29, voltou a registar-se um sismo sentido com intensidade máxima IV no Faial e que teve uma magnitude de 3,6.
“Até ao momento, foram registados cerca de 160 eventos”, revelaram o Cento de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) e o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).
Segundo informações divulgadas pelas autoridades açorianas nos últimos dias, após os três sismos sentidos pela população, não há até agora registo de quaisquer danos.
“Tratando-se de uma região onde é habitual verificar-se alguma sismicidade, a atividade registada tem-se enquadrado no padrão associado à sequência sismo principal/réplicas, revelando o gradual decaimento em frequência e magnitude. Nalguns dos dias situados entre os eventos de maior magnitude, a sismicidade tem sido muito reduzida. No dia 28, não foi mesmo registado qualquer evento nesta região epicentral”, explicam hoje o CIVISA e o SRPCBA.
Segundo o CIVISA, a zona em causa fica numa “faixa de maior atividade sísmica situada entre 15 e 50 quilómetros a oeste da ilha do Faial que já foi palco de significativa atividade sísmica no passado”.
“O desenvolvimento deste episódio de maior atividade sísmica tem vindo a ser continuamente acompanhado pelo CIVISA e pelo SRPCBA e nova informação será disponibilizada caso se verifiquem alterações ao padrão assinalado”, acrescentam as duas entidades.
A proteção civil dos Açores lembra, por outro lado, que, em caso de sismo, se deve “manter a calma e contar com a existência de possíveis réplicas”, que não devem acender-se fósforos nem isqueiros, deve ser cortado “imediatamente o gás, a eletricidade e a água” e que o melhor, na rua, é procurar um “local amplo”, longe de estruturas que possam cair.
A proteção civil lembra também que um sismo pode ser seguido de tsunamis (onda gigante), pelo que não devem ser procuradas praias ou zonas ribeirinhas.
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Lusa/+central